Você me ama por que eu não te amo.
Eu te amo porque você me ama.
Você não me ama mais por que eu te amo
A estupidez da estrofe acima é o que rege meus relacionamentos, uma relação cármica que governa essa atmosfera da qual cada vez mais desprendo menos energia. É sabido que uma vez conquistado, o objeto amado deixa de ser desejado, confirmando que a expectativa supera - e muito - o prazer do objeto conquistado.
Mas pensei que isso se aplicava somente a camisas, sapatos e bolsas. Desejar algo da vitrine é fácil, a luz incide perfeitamente, o comercial induz status, o cheque especial viabiliza, mas conquistar pessoas e deixa-lãs junto a cintos e sapatos, pendurados no armário à espera de uma lembrança, é inaceitável.
Reconheço tal comportamento porque já fui um desses sapatos. Enquanto me demonstro inatingível, firme, inflexível a qualquer barganha e longe do consumo, sou superiormente interessante. Mas uma vez me conquistado, uma vez ter arrancado as três palavras, perco, e de súbito, todo o interesse inicial.
O meu valor de mercado cai. E então, parte-se rumo a uma nova conquista.
Noto que o que mais aprendo é que ninguém quer um amor e sim um acessório que ande, fale -e principalmente, que fale - pois demonstração de afeto repele qualquer pessoa.
Voce deve dizer, escrever, falar mas nunca demonstrar um carinho. Carinho é sarna, lepra, só de encostar, pega.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
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Tem um selo pro seu blog lá no meu... Pega lá hehe
ResponderExcluirBeijos
Clênio
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