Passo meu legado a este jardim pois é nele que mais me reconheço. Catherine, apesar de só ter oito anos, já demonstrou ser referência a Maurice e não a mim. Ela é firme, porém doce, caracterizada por uma infinidade de contrastes e imprevistos que se destoam completamente da minha forma previsível. Ela se aproxima cada vez mais de Maurice nos traços e no comportamento, o que atribuo ao acaso e não a falta de receptividade. O que nos une é o amor mútuo, este que supera essa nossa carência de semelhanças.
Eu a amo e as provas desse amor são complexas demais para que ela as absorva, e a maneira que ela retribui está a anos-luz do meu entendimento. Catherine é o mistério que entrego ao mundo para ser revelado e estas cartas deixo a ela para que um dia eu me revele.
Cecília
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário